sexta-feira, agosto 31, 2007

sou fluxo aberto, vento, areia e tempo
sou movimento, mesmo ofegante e lento...

vivo e me invento...

são máquinas, máquinas que nos fazem deixar de ser...

são máquinas, máquinas apodrecidas pela história que apelo por romper

são dias e mais dias e noites pela máquina, a máquina quer você

mesmo desejantes e sendentos, apagamos e nos vemos à mercê da máquina

a máquina do tempo, das verdades, do saber...

porque quando inventaram o amor, não me perguntaram se eu o queria assim..

não, não tenho esse amor. Nem por mim, nem por ninguém

O que tenho é o que sou, um emaranhado de polvora riscada na terra, no asfalto e no ar

Um turbilhão de cores, aromas, corpos, gostos e possibilidades...

Pele de ouro marrom

a vida bate asas sem dor

o peito antes ofegante agora se enche de sentidos

pele, cheiro, gosto e um olhar que agora é mais meu do que nunca

em você me encontro, me envolvo

sou impossível, inesperado, vivo