terça-feira, novembro 13, 2007

Necessidade ou alteridade?


Outro dia estava assistindo na tv um documentário sobre uma comunidade "primitiva" na África (não me lembro qual é - foda não anotar as coisas). O cara caçava para dar sustento a sua família. Mas para ele, o animal que ele matava era digno de respeito. Quando o caçador se aproximava do animal ainda vivo, ofegante, banhado de seu próprio sangue, acariciava-o em gesto de agradecimento à vida que se ia em benefício da sua - prática provavelmente milenar.

Não estou aqui defendendo o não-embate, a não utilização da tecnologia ou a proibição da carne como alimento. Pretendo apenas fomentar a alteridade deste embate. A falta de alteridade recorrente na história da humanidade ocidental tem nos apresentado um final autofágico, canceroso e suicida - vide aquecimento global, seus derivados e derivantes.

Fortaleza é uma cidade impermeável e sem árvores. A orla marítima é abarrotada de concreto e o mar não tem mais peixes, além de estar poluído. Não tenho problemas com a existência de organizações sociais em cidades, o que problematizo é não poder mais andar nu ou me dedicar a aprimorar técnicas de caça e pesca, porque não há mais espaço para isso - a diferença é sempre aniquilada. O planeta foi loteado e eu não participei. Fica difícil pensar que as pessoas que se beneficiaram desta divisão canalha vão me arranjar diplomaticamente este direito. Muita gente com idéias e posturas diferentes e pouca gente aramando grandes quantidades de terra para defender a postura do mercado, muito fácil enriquecer assim.

O problema não é ter invenções demais. As tecnologias, o concreto e o petróleo poderiam existir sem provocar o declínio da espécie humana se fossem utilizados pensando no outro, organizadas segundo uma lógica alteritária e não autoritária, com a simples privação das diferenças. Não acredito (como disse o bill gates, chamando a galera do software livre de novos comunistas que querem que "o que move a produção" seja extinto - http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI450517-EI553,00.html - daqui a pouco produtores de software livre serão também comedores de criancinhas, tsc, tsc, tsc...) que apenas o mercado é capaz de fomentar produção - o que pode ser percebido com a crescente comunidade de software livre.

Se é para ser suicida, prefiro que seja logo e sem dor. Que tal o sol morrer e dar lugar a um buraco negro? Que tal o globo sair de órbita? Que tal os americanos apertarem logo o botão? Que tal mudar nossa postura para com o planeta e suas micro-relações? Se eleição resolvesse, meu voto seria para a última opção.

continua...

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sexta-feira, novembro 09, 2007

Hoje eu esqueci seu nome. Continuo sem lembrar, na realidade.

É que seu veneno, no encontro, limpou meu ser de ti.

se era máscara, não caiu... ou será que foi a minha paciência que sumiu?

pobre ou rica, essa rima foi sem graça, o veneno como traça comeu teu ser de mim.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Só os metafísicos passarão

Na minha casa, nada engraçada, telhado trincado sem chão, sem janelas ou portas, me seguro em você.

Petrificado nasci e sem escolha continuo. Não por vontade, apenas por vício. É que o que antes era pedra agora é aço e minha vida sem laços, me deixou assim.

Cidade qualhada, invenção autofágica, atordoa e maltrata.

Sem rios ou espaço, me desfaço até onde posso para ver se este troço ainda tem caroço...

...mas com aço galvanizado, meus fortes braços não podem...

Que saudade dos dinossauros...

terça-feira, outubro 30, 2007

lively up yourself

vamos, levante-se, liberte-se desta poeira humana que te confunde o ser, liberte o corpo, saia da pressão, dê um tempo de deus, perceba a diferença em si, merengue selvagem da vida...

não caia nessa, senão, Zenão, droga, a cidade.

prefiro que sejas trovão devastador, a ver-te pastando na monocromia monista sem arte - moralismos a parte, é uma guerra mesmo, não existem civís e quem não se posiciona, bem...

não caio nessa, senão, Zenão, droga, a cidade.

...que alimente a doença e apresse logo esta morte.

sábado, outubro 20, 2007

Direito selvagem

Uma noite de chaves e vento, um mormaço atípico de uma paisagem geralmente deserta, descoberta de si, empoeirada pelo homem e sua infeliz humanidade. A pedra quebrada deslocada da montanha criava em conjunto com o cheiro de perfume barato a aridez e a completa geometria mascaradora do mundo. Tentativa de compor, através de elementos aparentemente independentes, ordem ao inordinário inordenável.

Ah, plá, treze reais.

Portas fechadas, claridade molhada.

Entre limites de concreto e lusitanas fatias de mundo estava meu corpo nú, solitário, na alvorada suja. Vomito pelo avesso minha merda, em postura de protesto, que de ante-mão já sei que não será compreendido, em devolução ao desgosto deste mau encontro. Em linguagem fétida, disforme e repleta de saliências explícitas deixei meu recado à cidade e à toda sorte de gente que acredita em Zenão em lugar de alugar a diferença do caos.

Imbecilidade, imbecil civilidade.
Imbecilidade, imbecil cidade.

sábado, outubro 06, 2007

E por isso me coloco, por isso me posiciono, porque não sou do time dos que querem machucar...

Mas não me assusto com o corte, nem com a lâmina.

Se há de sangrar que seja por viver.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Ser padre é ser subversivo

Estranho, não? Elementar também.

O padre nega o corpo, fugindo de seu pertencimento, "purificando-se" enquanto alma, para uma possível vida futura sem corpo, no paraíso.

Ser subversivo significa destruir as estruturas de autoridades alheias.

Tendo o corpo alheio ao ser, afastado de si, castigo da alma, e praticando a negação das estruturas de autoridade do mesmo, é então o padre um subversivo.

E eles nem leram Nietzsche

Outro dia um moto-taxista me contando uma história... semanas antes, estava ele pegando uma freguesa na região do Castelão quando próximo dali, em uma parada de ônibus, um homem sentado com uma bolsa foi abordado por dois homens em uma moto, um deles armado.
- Passa a bolsa
- Hãn?

- Passa a bolsa
-Hãn?

Não houve outra pergunta. O esperador de ônibus ficou sem bolsa e com uma linha de sangue na testa, abatido.

Tédio necessário? Ser liquido é melhor!

O tédio só é importante enquanto for interessante.
E só é interessante enquanto pulsão anti-tédio.

A afirmação do tédio como castigo necessário ao desenvolvimento humano muito me parece com a afirmação cristã de negação do corpo em troca de uma pós-vida feliz, um benefício além-vida. Parece-me muito mais uma justificativa de intelectual, mantido pelo estado, preocupado com a manutenção de uma instituição, de ensino e de privilégios, feudal.

Não há como criticar a emburrecedora compartimentalização noticiosa da mídia convencional sem compará-la ao modelo disciplinar de ensino da universidade (todos os formados saem de lá), sem falar de uma sociedade de especializações em que se deixa de ser para entediar-se com universalizações, tornar-se persona (do mundo dos negócios, personagens que representam universais) para ser bestamente chamado de Homer pelo William Bonner. (O que são esses grupos pseudo-musicais inventados senão tentantivas de universalizações para saciar a fome do Homer. O Jornal Nacional também o é.)

Formar-me filósofo (!? - parece um paradoxo. Outro dia no simpósio de filosofia - Nietzche/Deleuze, aquele em que a maioria dos professores do departamento de [história da] filosofia da UFC não foi e ainda encabeçou um evento concorrente - o Sérgio Amadeu [http://samadeu.blogspot.com/] falou que a liberdade é o combustível essencial da criação. Deleuze/Guattari [o que é filosofia?] inventaram que filosofia é criação de conceitos - invenção do século passado, estamos no final da primeira década do século XXI. Ter forma significa ter limites. Então ser formado em filosofia me torna apto a criar conceitos dentro de limites. Esquisito, não? Elementar também.) pela faculdade de [história da] filosofia da UFC me faz ter muito tédio. Não acho que eu deva ficar sentindo esse tédio só porque algum careta sádico inventou que 5 vezes por semana preciso estar sentado em uma cadeira dura ouvindo um professor [de história] da filosofia empurrando conteúdo para uma turma de pessoas, que foram sorteadas em uma loteria chamada vestibular, em sua maioria totalmente desinteressadas, apenas para ter um canudo que me abra portas nesta sociedade de disfarces. Mais útil seria comprar um diploma - ao menos não perderia meu tempo me entediando e me dedicaria ao que realmente me interessa.

Para mim certo estava Albert Camus - "Se você quer filosofar, escreva romances" - pois me parece que na literatura se há liberdade para criar, espaço por demais limitado na entediante academia. Eu complemento: Se você quer filosofar vá em busca do desconhecido, descategorize, converse, se espante, se permita, se exercite, se arrisque, sinta seu corpo, faça música, teatro, cinema, poesia, seja liquido e crie caminhos sobre as insinuações do mundo... Olha as ferramentas, rapá. Se você as tem, porque as ignora?

sexta-feira, setembro 21, 2007

fiquei a poucas de dizer-lhe boas

o sangue vitrificado em mosaico feria meus olhos

as palavras vociferadas vincavam meus sentidos

e você ali do lado sentada, vigia?!

e você?

quinta-feira, setembro 20, 2007

hoje é dia de ser liquido, escorrer do céu por entre ladrilhos e bueiros

hoje é dia multiforme, disforme, sem causa

hoje é dia de efeitos, de luz e breu

hoje é dia

quarta-feira, setembro 19, 2007

inesperado

O inesperado não está presente em tudo? A idéia de causa e efeito normalmente está engessada a um modelo que foi criado na tentativa de compreender a nós e ao nosso entorno como um sistema fechado. Somos acostumados a repetir essa forma de enchergar o mundo, entendê-lo através de categorias e classificações. Tentativa inútil de colocar tijolo sobre tijolo, como se o mundo fosse uma grande parede. Ainda nos ensinam a conhecer o mundo dessa forma - alicerce, paredes e telhado respectivamente nessa ordem.

Ao longo do tempo foram criados estilos musicais, literários, etc... Ao produzirmos algo somos obrigados a classificá-lo como isso ou aquilo. Se não o fizermos, alguém o faz. Não parece absurdo?

O mundo não é um sistema (apesar de conter possíveis sistemas nele). Muitas coisas podem ser classificadas, entendidas e categorizadas mas, ao que me parece, o inesperado não cabe nessa lógica. Teria o inesperado uma lógica?

terça-feira, setembro 18, 2007

e não se trata de comodismo

é um querer livre que nos torna assim

o par é enquanto for vontade

tenho dela fragmentos e há fragmentos de mim nela

mas há também o outro e seus fragmentos

que transitam livremente na liquida transrelação

pensar em você uma hora dessas... me faz lembrar os tempos do desejo da falta...eu era adolescente e católico

A vida me torna cada vez mais desejo pelo que tenho... talvez uma falsa vontade de identidade. talvez uma identidade sequer alcançável

Não, não estou no século passado. Apenas um passado em mim me comove, ainda que em tempos de guerra, ainda que por tempos demais

não vacile, não espere por mim, pois o teu tempo que corrói é o que em mim constrói vontade de ser par

não sei se é pré-disposição natural ou enfermidade moral...

me compactuo com os estranhos

enquanto o mais do mesmo me vigia

o espinhaço forte da existência me comove

e assim me faço.

sábado, setembro 15, 2007

nosso gostar não se baseia na posse

nosso querer quer ainda que tenha

somos vontade enquanto durarmos

uma questão de subversão

A sra inventa novas formas para as árvores?



não contente com suas próprias privações o homem se desloca para a privação do outro, destruindo as estruturas de autoridade alheias.

destruímos a estrutura de autoridade do nosso corpo!?

não. sou cada vez mais meu próprio corpo. quase nada subversivo.

terça-feira, setembro 11, 2007

O fluxo movimentado da vida tem lesmas e furacões

a cada momento que me abaixava tinha a ciência que ficaria sozinho entre-cortada pela certeza que não ficaria.

mãos, desejo e repulsa.

no banheiro, confissões, fumaça e brasa, acordo seu sono... lágrima, sal e ressentimento...

por um momento reconheço aquele cheiro, procuro...

encontro sua pele com sabor de saudade, trajeto percorrido mil vezes... meu pau duro como carvalho bruto.

Cada curva de sua boceta envolvia a cabeça do meu tronco envernizado... trepamos, fodemos, fodemos, trepamos... fodemos.... fodemos.....

ela goza em cima de mim e dorme, profundo...

a ciência cria verdades a partir do desprezo de possíveis exceções.

O problema é quando a exceção é você.

sexta-feira, agosto 31, 2007

sou fluxo aberto, vento, areia e tempo
sou movimento, mesmo ofegante e lento...

vivo e me invento...

são máquinas, máquinas que nos fazem deixar de ser...

são máquinas, máquinas apodrecidas pela história que apelo por romper

são dias e mais dias e noites pela máquina, a máquina quer você

mesmo desejantes e sendentos, apagamos e nos vemos à mercê da máquina

a máquina do tempo, das verdades, do saber...

porque quando inventaram o amor, não me perguntaram se eu o queria assim..

não, não tenho esse amor. Nem por mim, nem por ninguém

O que tenho é o que sou, um emaranhado de polvora riscada na terra, no asfalto e no ar

Um turbilhão de cores, aromas, corpos, gostos e possibilidades...

Pele de ouro marrom

a vida bate asas sem dor

o peito antes ofegante agora se enche de sentidos

pele, cheiro, gosto e um olhar que agora é mais meu do que nunca

em você me encontro, me envolvo

sou impossível, inesperado, vivo

quinta-feira, novembro 09, 2006

Nossas peles, a contento, agora se repelem
Com o vento foram a saudade e as secreções de lembrança

E por isso estou aqui
só...

Por fim, já foram com o vento também nossas peles e o contentamento.

E por isso estou aqui
só...

Sem vontade ou arrependimento...

E a madrugada será por tempos incidental

Nos meus poemas, músicas, mas também no fio dental.

Nas armadilhas do dia-a-dia não paro de te encontrar ali, vizinha.

***

Os dias vão se passando,
A culpa agora já é diminuta

Não me restam mais costelas para arrancar
Só esperar assentar a poeira do lar

De pequenas explosões esse tumulto começou
E em um completo trincamento o avesso me deixou

Um samba, um choro, um tropeço, um não
Você indo embora e eu apenas olhando em vão.

***

O estranho disso tudo é a quietude...
A falta do seu colo que mesmo em memória ainda é consolo
Suas gueixas, queixas e demais

A aventura foi boa
mas sem você agora venta mais

***

Os meus e os seus eletrônicos ainda pulsam vibrantes
Abafados apenas pelo nosso silenciar

E guardados ficam até o próximo tempo
que talvez seja nosso
Que talvez
Talvez.

***

Esse é meu remédio

Que me ampara, me segura e me acode.

Do inferno sutil
Da fechadura invisível
do infinito, por fim

Mas paleativo que alivia e vicia não vai resolver o movimento das minhas entranhas
esse cálido horror que continua em mim...

***

Seus eletrônicos, os meus também

O samba e o punk entremeados nas entranhas de nós dois

Tudo por causa do calor e do sol de uma madrugada ímpar

domingo, outubro 29, 2006

O olhar furtivo atrás do conhecido. Um afago na falta.

No mundo possível, um tapa!

Na impossibilidade furtiva ainda procuro só, cair no mar...

Na sua ilusória força: Medos reais. Também meus e dos sem mais.

Na memória: a noite...
que foi um nada, cheio de calor e sol...

sábado, janeiro 29, 2005

A luz do sol me leva à liberdade,

onde apenas seus raios me atravessam deixando a vibração me acalmar.

manhãs de sábado...


quinta-feira, janeiro 20, 2005

não...

não estou chegando.. não venho de lugar nenhum...

estou sóbrio.

Com todos os pianos cutucando minha consciência
Com todo o desejo que você provoca
Com o barulhinho da lagoa que vem ao fundo...

eu quero ver nascer e morrer o sol ao seu lado, enquanto tivermos amor um pelo outro...

e que isso dure o bastante para saciar a vida e celebrar a existência na hora da morte...

Em busca de uma bula,

uma bula feita em próprio punho...

em busca de uma excomunhão..




Conheci zé...




Um cara que existe para enca..
um homem que em viagens conheceu um safado..
Um senhor que é um velho enca bulado...

Mas eu, ao fim de tudo,

como sou novo e e devotado,

fiquei apenas enca lacrado.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Acordar com um engasgo, com gosto de arrependimento..

Voltar ao meu berço com discordancias e em outras circunstancias

...

as grades, construidas por mim, agora são mais fortes
meu espirito vibra e isso me enche de calor.

quinta-feira, novembro 06, 2003

O estraordinário mundo que zózimo quis perfeito...

Coragem...

por isso te vejo velho
por isso preciso guardar
por isso preciso te ver...
por isso você...

zózimo, você....
ainda há de enxergar....

quinta-feira, setembro 04, 2003

Maniacos pensamentos de uma sordida madrugada...


pouco chopin ...
mas muito ele me entenderia..

mozart bem vindo...

acido e suave, por que no agora, o querido dinheiro me falta..

fake...

mas mesmo assim, foi a queda, foi ao chão...

temo ter sido o último que dei a mão a mim mesmo..

arranquei um pedaço, e todas as circunstâncias...

meu ultimo já foi, sem aviso prévio... agora apenas o amor..

sem poesia instantanea...

sem voce, mas para voce...

saliva, e secreções de lembrança...

saliva, e o sal de suas secreções...

um beijo

té...

quinta-feira, maio 29, 2003


Seu problema me deixou a flor da pele, e agora a sua pele é o meu problema..

quinta-feira, março 13, 2003

Me frustrei em ter te visto hoje...
Tudo o que falei... valei-me...
Voce não entendeu...
Eu acho que estou indo bem mas preciso falar de novo...
Nem espero que o mundo seja melhor.. que as coisas mudem ou que voce me aceite...
Mas o que tenho a falar é importante e acho que voce gostará de ouvir...
Voce pode usar e se beneficiar.. voce pode não fazer nada e deixar...
mas eu estarei melhor e as janelas se abrirão....
Um beijo uma benção de qualquer santo... algum libertário...
Algum bom e doce.. sem preocupações excessivamente materiais...
Antes de ir queria dizer ...

voce ainda não entendeu, mas eu preciso falar denovo...
Eu acho que vou bem...


adeus!

sábado, março 08, 2003

A moça que gosta de comer de colher....
cola, coca, chá...
chá não, maconha CHÁ-PA.

Labios macios, frio.
Lindos olhos que rementem a muito, muito longe...
Calor e vento, umidas as suas pernas e minhas costas...

Voz de veludo, um som, um som...
hoje não fui, amanhã eu vou.

quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Uma negra que é uma loira ao avesso!
Uma loira que é uma negra ao avesso!

A negritude, e os brancos de alma negras...

adoro miscigenação...

segunda-feira, fevereiro 17, 2003

As asas do tempo...
O suspiro do vilão e a morte dele...
As águas e as pedras.

quarta-feira, fevereiro 12, 2003

Gotas de plastico caem dos meus olhos,
nada que me faça pensar que o morto vai pular em meus braços...

A calmaria da novena que passa,
os leves movimentos daquela moça.

cada passo, cada níquel e cada carvão sob pressão,
não me fazem pensar que isso é diamante...

A calmaria da noite, o fim dela.
a morte de meus desejos agora congratulo.

Champanhe em garrafas de plástico.
se tornaram a tempestade que jorra litros...

and she just said....
and she just said....

I´m bored and tired...
I´m bored and tired...

fast or slowly,
we´ll don´t drive again...

goodbye!

terça-feira, fevereiro 11, 2003

Colar, colar, reparar....
Indefinível, irremediável, reparar...
Colar, perolas, amar....
irremediavel, colar, reparar...

Viver, vim ver...
colar, reparar, remediar...
Cola, durex, maluca...
sede, falta, loucura...

David Gruner...
Sylvia Holmes...
Contact, Contact
Listen to the music!

It´s 9:30
Go to work and enjoy your best day.

....

quinta-feira, janeiro 30, 2003


Meu peso em minhas costas...
o peso da cidade em minhas costas...
o peso da sua idade em minhas costas...


Sinto o peso do tempo e das brincadeiras....
Sinto os bolsos vazios e os olhos marejados...


Agora, a noite e as ironicas gargalhadas de hienas...
Agora, o choro e a compania de quem se importa...

Agora, não sou mais um peso.
Nem para mim, nem para você...
Agora, apenas o peso da cidade em minhas costas...

It's in her hands....
the clorophorm one...

wake up lady...
with the clorophorm one...

the colorfull...
the clorophorm one...

terça-feira, janeiro 28, 2003

Acordar cedo....
fumar um cigarro,
Cheirar, Cheiraaar, CHEIRAR, CHEEIRAAAAAAAR,
o seu pescoço....
Dizer que te amo...
acordar do seu lado...
dia nublado...
fumar um cigarro...
beijar os seus lábios...
acordar tarde...
dormir no seu colo...
receber um afago...
fumar um cigarro...
deixar o dia cair...
a noite limpa....
de madrugada, dormir....

quinta-feira, janeiro 16, 2003

eu sou a borra,
o cheiro,
o choro do lixo.

eu sou o chorume,
nutritivo e venenoso.
transformo dor em prazer.

eu sou o doce,
violento.
transformo o prazer em dor


Da saudade guardo a bia,
no seu corpo,
apliquei o que tinha de mais puro.
Agora, me resta o que tras efeito.

é... isso é uma separação...
Trigo de um lado,
trigo do outro.
Tudo convergindo à água,
que deve ser ingerida com moderação.

quarta-feira, outubro 30, 2002

Sempre que vou por aqui..
eu vou de bicicleta...

sempre que vou por aqui...
te levo em meus olhos...

Suas imagens se formam apartir dos sons das palavras
que saem da minha boca...

sempre que eu vou por aqui,
eu e os seus cabelos...

sempre que estou por aqui...
te levo a cantar...

Suas palavras fazem a imagem que tenho de ti...

sempre que eu vou por aqui..
vou de bicicleta...

sempre que vou por aqui...
meus olhos te veem...

sempre que estou por aqui...
te levo a cantar....

terça-feira, outubro 29, 2002

enquanto andei pelo crato , por funerais .....

Enquanto pude, de ser um morto escapei...

Vivi intensamente, o problema foi a saída....

Crato, cidade da minha próxima ...

Crato, cidade da minha ainda longe....


bom dizer que ......


posso dizer....

sexta-feira, outubro 04, 2002

seria possível ser desagradavel e incomodar num meio de comunicação tão sem visibilidade???


Vamos chamar os que se sentem marginalizados, e então serviremos o jantar....

Prato do dia? Buchada. Vacas. O recheio é surpresa. Mas posso garantir que o tempero é uma boa pimenta!

domingo, setembro 29, 2002

Quando fui enterrado, pedi que guardassem meus dedos. Seria perigoso ser enterrado com eles...
Formigas fizeram parte do último banquete... e elas vieram da sua boquinha doce, meiga e linda... Sua boquinha cheia de esperma de todos os cachorros com os quais você esteve...

-Can you help-me?

- No Sir... You are envolved with narcotics...

- But my lips have only the fucking Milk! Oh God.. the fucking milk... I have some bullets in my head...

-So??

-So??? Yes.. I know that you only like my skin.. but now... you will be happy with the bullets too!!

-au! au! au! au!

Morra sua porra inrustida... voce ainda vai ter um filho, e seu intestino não vai aguentar muito não... Já basta sexta... se quinta vier, amanhã não serei o mesmo!! Alias, isso me pareceu meio repetitivo.. Por que outra vez ja fui outro... talvez um dia outra... ou qualquer coisa que desse na telha... Mas hoje NÃO! hoje sou outro.. um outro com mais vigor e uma boa ereção... naqueles dias tinha menos tesão. Precisava de algo mais... agora basta pensar... o PAU fica duro em seguida.... e quando fica duro.. Eu morro.. e nem as enfermeiras resolvem....

Por isso morri...

E os cachorros virão para levar os meus dedos...

Malditos dedos... não me enterrem com eles.. pode ser perigoso!

sexta-feira, setembro 13, 2002

Your mother fucking fucker...

My bean, My bean, it was very nice before I eat it...

Mother focker 100!!

Tam tararan tam tam tam....

Mother fucker...

Muita foca...

piscina cheia.... cheia de focas... OBA..

descolei uma bacora verminosa, e a piscina continua com fuckers fuckers fokers from "Tam tararan tam tam tam...."

parararararararararara...

parararararararararara...

Viva o corno que plantou o feijao que saíu na merda que foi defecada e logo após devorada pelo:"mother fucking fucker..."

segunda-feira, agosto 05, 2002

As ...lugares... Os!

As mesas, as mesmas pessoas... detalhes!

Bigode cabelo e barba. Sim Senhor! Quero tudo completo. E rápido.

Na praia, na praça, no quarto... avido...

Pode me comer que sou a puta da vez.

mas de vez em quando, depois, quem?

Eu, para te comer...

E não reclame não, que agora já foi e você nem viu...

Pelo menos sentiu?


..
..
..

quarta-feira, julho 10, 2002

Ataque do coração, seguido de congelamento instantãneo das mãos... que sequencia mais desagradavel.... Um telefonema e as coisas voltam ao normal.. apesar de os aviões não estarem voando por enquanto...

Será se até lá?

domingo, junho 09, 2002

Tem gente que fala pela boca.... e da a impressao que falou por outro lugar...
Tem gente que adora fofoca e semeia a discordia..
Tem gente que pula o muro...
Tem gente que não sai de cima dele...
Tem gente que se rasga..
E tem quem não se importe e passe para frente...
Para frente ou pelo telefone... se assim for conveniente...

Quem cochicha o rabo espicha....

segunda-feira, junho 03, 2002

Mundo Animal de pessoas feitas de fermento...
Crescem, e são devoradas....
São digeridas e viram cocô!

Mundo Animal de Belas pessoas...
De belas vozes...
Graves e contundentes...

Mundo animal....
Mundo ....

Fico bem enquanto ficar aqui...
Fico legal enquanto estiver sentado...
Fico bem enquanto te observar...

Triste não..
Não foi ..
E não deixei que sumisse...

Triste...
mas não...

Não, foi triste..
agora triste estou...

Triste não,
mas bem triste...

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sexta-feira, maio 17, 2002

Este é meu peito meu chapa....

Pode atirar, que sua bala é bem vinda...
pode atirar que meu osso tem aço..
pode atirar que a reserva é de puro petróleo....

esse é meu peito..
tosco humido e sujo..

e foi eu mesmo quem sujei...

sujei com lama podre... é ....

aquela lama que todos desprezam.... e adoram....

é.. adoram sim.. eu ....

quarta-feira, maio 15, 2002

É... eu faço, é porque gosto.

Senhora do ego, senhora das curtas e grossas palavras...
Pisa no chao que voce não é astronauta,
Pisa no chao que voce não é madre tereza,
Pisa no chão, antes que ele suma.

Sou um libertario...

A Humildade de uns, a humilhação de outros...
A soberba do novo, a clareza do classico...
O fim da linha, o começo de outra...
Caminho de volta?
Caminho sem volta?
Caminho de muitas voltas...
Talvez só o fim mesmo, sem maiores delongas e filosofias idiotas...

Não é glamuroso, nem pomposo...
É divertido e me vicia...
Não estou falando em brinquedos vivos....
apesar de ter sido bom ter sentido o gosto da brincadeira...

E como brinquei...
Brinquei que enjoei,
e o enjoo, deu nojo,
Nojo em mim e em quem viu o novo.

Falei de apenas 2 coisas,
com 2 pessoas,
em 2 minutos.
E jah está bom.

terça-feira, maio 14, 2002

Dinheiro, beleza, bonanza, louros, fama.
na mesa, nobreza, pobreza, ego, eca.

Pouco mais de um pouco menos..

A cada destreza uma certeza e um coice.
Um pulo e um abraço, um soco e um amasso.

Sem riqueza, sem beleza.

Mas com certeza.

segunda-feira, maio 13, 2002

Voce tem uma arma, Voce tem o PODER.
Voce tem uma arma, Voce perde o CONTROLE.

Ontem estava poderoso e descontrolado. Mas ainda bem que sobraram sorrisos nas latinhas. E todas elas não pararam de sorrir enquanto não joguei todas as estupidas mensagens subliminares que meu "consciente" estava mandando para mim, no cu de um rinoceronte qualquer que passou por perto de mim naquela noite.
Ontem chorei nos braços de uma mulher que eu não amo, e pior, chorei por outra.





Thank's to all peaple that...

segunda-feira, abril 01, 2002

Cansei dessa estética...
Cansei dessa vida patética...
Cansei de voce...
Cansei de voce...
Cansei de voce...
Cansei de voce...
Cansei de voce...
Cansei de voce...
Cansei de voce...

segunda-feira, março 18, 2002

Subject: Re: Songos

Musicas e letras andam juntos...
juntos e separados... vocal e letras... separados e juntos...
Letras e musica... musicas e musica...
escrevendo ou não, elas fluem , songos ou não... separados ou não... juntos ou sem nexo! ....
Eu as faço?? eu as sinto... eu as canto... elas fazem diferença para mim.. e eu também para elas...

Valeu!! ;-)

quinta-feira, dezembro 06, 2001



Por tras dos Eucaliptos vejo a cidade, chapada. Talvez não tao chapada quanto eu.
A solidao me agrada, mas em determinados horarios me poe em agonia.

por tras de mim, eu mesmo, tentando me encontrar.

por tras dos eucaliptos, agora a lua, cheia, exuberante, me contemplando com paz e alegria espiritual.

segunda-feira, outubro 29, 2001



Ouvindo bossa nova e pensando em voce.
Longe.... Mas tentando estar ao seu lado.
A melodia brinda meus ouvidos e meus labios...
E não é só isso.. Tem também além...
Além da distancia do Rio tem o sol,
que brilha todo dia e se põe sem voce,
sem ninguém, apenas em mim..
sempre confortavel.

segunda-feira, outubro 15, 2001

I have no more iron lung...

DoresDores DorDoreses Dores Dores Dores
Dores Dores Dores Dores Dores Dores Dor Dores
Dores Dores Dores Dores Dores Dores Dor Dores
DoresDores Dores dor Dores Dores Dores Dor Dores
Dores Dores Dores Dores Dores DorDores
Dores Dores Dores Dores Dores DoDores


Minha poesia é concreta
minha poesia é simples
minha poesia é pura
minha poesia é ver voce implorando....

Um pouco mais nao é o bastante...

Minha poesia nao tem nada?
minha poesia é vazia?
minha poesia é sem sentido?
minha poesia é ver voce chorando...

Um pouco mais nao é o bastante...

Minha poesia, sim, é crua
minha poesia é viceral
minha poesia é dura, falica...
minha poesia é te ver assim... NUA
Implorando por uma boa trepada...


Seu problema me deixou a flor da pele... agora sua pele é meu problema....