quinta-feira, novembro 09, 2006

E a madrugada será por tempos incidental

Nos meus poemas, músicas, mas também no fio dental.

Nas armadilhas do dia-a-dia não paro de te encontrar ali, vizinha.

***

Os dias vão se passando,
A culpa agora já é diminuta

Não me restam mais costelas para arrancar
Só esperar assentar a poeira do lar

De pequenas explosões esse tumulto começou
E em um completo trincamento o avesso me deixou

Um samba, um choro, um tropeço, um não
Você indo embora e eu apenas olhando em vão.

***

O estranho disso tudo é a quietude...
A falta do seu colo que mesmo em memória ainda é consolo
Suas gueixas, queixas e demais

A aventura foi boa
mas sem você agora venta mais

***

Os meus e os seus eletrônicos ainda pulsam vibrantes
Abafados apenas pelo nosso silenciar

E guardados ficam até o próximo tempo
que talvez seja nosso
Que talvez
Talvez.

***

Esse é meu remédio

Que me ampara, me segura e me acode.

Do inferno sutil
Da fechadura invisível
do infinito, por fim

Mas paleativo que alivia e vicia não vai resolver o movimento das minhas entranhas
esse cálido horror que continua em mim...

***

Seus eletrônicos, os meus também

O samba e o punk entremeados nas entranhas de nós dois

Tudo por causa do calor e do sol de uma madrugada ímpar

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