E a madrugada será por tempos incidental
Nos meus poemas, músicas, mas também no fio dental.
Nas armadilhas do dia-a-dia não paro de te encontrar ali, vizinha.
***
Os dias vão se passando,
A culpa agora já é diminuta
Não me restam mais costelas para arrancar
Só esperar assentar a poeira do lar
De pequenas explosões esse tumulto começou
E em um completo trincamento o avesso me deixou
Um samba, um choro, um tropeço, um não
Você indo embora e eu apenas olhando em vão.
***
O estranho disso tudo é a quietude...
A falta do seu colo que mesmo em memória ainda é consolo
Suas gueixas, queixas e demais
A aventura foi boa
mas sem você agora venta mais
***
Os meus e os seus eletrônicos ainda pulsam vibrantes
Abafados apenas pelo nosso silenciar
E guardados ficam até o próximo tempo
que talvez seja nosso
Que talvez
Talvez.
***
Esse é meu remédio
Que me ampara, me segura e me acode.
Do inferno sutil
Da fechadura invisível
do infinito, por fim
Mas paleativo que alivia e vicia não vai resolver o movimento das minhas entranhas
esse cálido horror que continua em mim...
***
Seus eletrônicos, os meus também
O samba e o punk entremeados nas entranhas de nós dois
Tudo por causa do calor e do sol de uma madrugada ímpar
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial